Em ano de eleições, nada melhor do que tratar de assuntos
polêmicos da cidade de São Paulo. Um deles, sem dúvida, é o trânsito. Cada vez
mais travado, praticamente em todos os horários, dias da semana e sentidos de
fluxo... será que existe solução?
Antigamente se podia dizer que havia trânsito apenas nos
horários de pico. Hoje isso já não é mais verdade. O trânsito toma conta de
toda a cidade durante todo o dia. O rodízio municipal de veículos, que tinha
como principal objetivo reduzir a quantidade de veículos nos horários de maior
fluxo, já perdeu o sentido há algum tempo, dado que o número de veículos nas
ruas aumentou muito desde que o rodízio foi implantado.
Outra coisa importante é a relação espacial do automóvel:
estes geralmente trafegam com apenas 1 pessoa dentro, o que faz com que se
ocupe muito espaço nas vias de circulação, desnecessariamente.
Deve-se convir que o sistema de transporte público está
melhorando. As obras do metrô e do monotrilho devem representar uma melhoria
significativa no transporte de massa. Principalmente no que tange à integração
da zona sul da cidade às demais linhas da malha já existente. Mas o sistema todo
ainda é lento, com muitas falhas.
Em entrevista ao site Spresso SP (publicada
em UOL em 15/06), assinada por Felipe Rousselet (com Maria Eduarda Carvalho), Horácio Augusto Figueira, engenheiro de tráfego, vice-presidente da Associação
Brasileira de Pedestres comenta algumas questões do trânsito em São Paulo. Segundo
ele, para que o trânsito flua nos conformes, deveria haver prioridade máxima do
ônibus em detrimento ao transporte privado nas ruas.
Mas o grande problema está no
círculo vicioso que se formou neste aspecto: quanto pior o transporte coletivo,
mais as pessoas compram carros particulares, buscando maior conforto, e
consequentemente mais trânsito se forma na cidade.
De qualquer maneira, seja
sobre trilhos ou sobre rodas, medidas devem ser tomadas para que haja qualidade
e eficiência no deslocamento de pessoas na cidade, aumentando o rendimento
destas no trabalho e melhorando a qualidade de vida de todos. Vamos ver o que
podemos esperar para os próximos meses!
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